O CORAÇÃO DO HOMEM TRAÇA O CAMINHO, MAS O SENHOR LHE DIRIGE OS PASSOS.
Sermão preparado pelo Pr. José Pereira Neto
Leitura : Tiago 04:13-17
Texto: Provérbios 16:01-09
Leitura : Tiago 04:13-17
Texto: Provérbios 16:01-09
Amados irmãos em Cristo,
Quais são os seus planos para o ano Novo? Essa é a época em que muitos fazem planos. Planejamento parece ser a palavra de ordem. Planejamento familiar, financeiro, educacional, profissional. No entanto, por mais que se façam planos, o homem sempre vai esbarrar na sua limitação humana. E embora possa fazer planos, sonhar, projetar; ele não pode prever o que acontecerá amanhã. Ele não tem o controle da sua vida, ele não tem o controle do seu destino. Ele pode planejar, mas sempre vai depender daquele que governa a tudo e a todos: O Senhor nosso Deus.
Pergunto, e como cristãos, será que nós temos colocado os nossos planos e projetos para serem avaliados pelo Senhor? Será que temos a consciência que dependemos totalmente dele em nossas vidas? Será que temos nos submetido aos seus propósitos para a nossa vida. A palavra de Deus para nós hoje é:
Pergunto, e como cristãos, será que nós temos colocado os nossos planos e projetos para serem avaliados pelo Senhor? Será que temos a consciência que dependemos totalmente dele em nossas vidas? Será que temos nos submetido aos seus propósitos para a nossa vida. A palavra de Deus para nós hoje é:
Tema: O Senhor está no controle, confie a ele seus planos
– Por que o Senhor é soberano não o homem.
– Por que o Senhor abençoa os que nele confiam.
– Por que o Senhor abençoa os que nele confiam.
O Senhor é soberano e não o homem.
Em seus provérbios, Salomão nos lembra que o homem pode fazer os planos, mas é Deus quem realiza. O homem pode fazer planos e ter sonhos, mas no final, ele não pode fazer nada mais e nada menos do que o que Deus quer. No final, é sempre os desígnios de Deus e não os planos do homem que estão sendo realizados.
O nosso texto começa dizendo que:
O nosso texto começa dizendo que:
“O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do Senhor. Todos os caminhos do homem são puros aos seus olhos, mas o Senhor pesa o espírito. Confia ao Senhor as tuas obras, e teus desígnios serão estabelecidos”. (Pv 16.1-3)
Estes primeiros versos nos mostram que o Senhor está de maneira soberana agindo sobre tudo e sobre todos. Todos os planos dos homens as suas motivações, e até os seus atos dependem da ação do Senhor. O homem pode fazer planos, mas o Senhor é soberano e nada foge ao seu controle. O homem pode achar que seu planos estão corretos, que sua causa é justa, mas nosso texto diz que o Senhor prova os pensamentos, a expressão aqui é pesa, como alguém que afere o peso e vê se está justo. Por isso não adianta as pessoas acharem que fazem o que querem, ou o que planeja, pois no final o Senhor tem a última palavra.
A soberania divina sobre os projetos humanos diz respeito tanto aos planos do homem quanto à sua execução, (v3b), o Senhor avalia as motivações humanas por trás das suas palavras e atos (v.2), por meio da qual o Senhor determina o que aprovar ou o que reprovar. Os seres humanos planejam, o Senhor realiza; eles imaginam o Senhor executa; eles formulam, ele valida; eles propõem, ele dispõe. Eles planejam o que vão dizer e fazer, mas o Senhor decreta o que permanecerá e fará de seus propósitos eternos.
O versículo 1 se refere à iniciativa humana no pensamento e a iniciativa divina no falar do homem. Este verso ressalta tanto a necessidade quanto as limitações do planejamento humano; o projeto humano está sujeito ao governo divino. Aos homens pertencem dá a primeira palavra, mas ao Senhor dá a última palavra. É isto o que o texto está dizendo: os pensamentos e planos sábios dos homens, as preparações do coração, o colocar o projeto no papel pertence ao homem, mas no final é o Senhor quem realiza tudo.
A resposta boa e eficaz dos homens depende tanto do planejamento cuidadoso, ponderado e organizado dos argumentos, quanto da direção de Deus a fim de produzir o efeito desejado. No verso 9 o texto volta a afirmar a soberania do Senhor: “O coração do homem planeja o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos”. Vemos aqui também que a soberania de Deus não está em conflito com a responsabilidade humana, mas o homem precisa aprender que depende de Deus para que os seus projetos se realizem e estes projetos podem ser bons, mas não pertence ao homem julgar tal coisa. Uma vez que o caminho do homem não é o caminho de Deus. Vejam que o verso 2 afirma isto: “Todos os caminhos do homem são puros aos seus olhos, mas o Senhor pesa o espírito” O texto nos diz que um homem pode ficar satisfeito com sua justiça própria, mas o Senhor é o juiz final. O homem avalia superficialmente, mas O Senhor pesa os espíritos, ou seja, ele vê as intenções, o que está por trás.
Isto nos lembra o texto de Tiago, onde ele adverte no cap 4.13: “Atendei, agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros”. Aqueles homens podiam escolher o dia exato de sua partida: “hoje ou amanhã.” Eles poderiam escolher a cidade que ia visitar: “esta ou aquela cidade”. Eles determinavam a duração da sua estadia “lá passaremos um ano” Eles afirmavam o que eles iram fazer ali “negociaremos.” E eles ainda faziam planos de lucro: “teremos lucro”.
Tiago então alerta aos cristãos, a que não sejam assim como eles. Por que ele disse isso? Tiago quer nos alertar contra um mundanismo que faz com que as pessoas negligenciem a Deus e planejem as suas vidas como se Ele não existisse e como se só eles fossem donos do seu destino. Temos sempre que estar vigilantes, irmãos, contra esse tipo de mundanismo. É fácil, muito fácil, pensar e agir, planejar e sonhar como se nós e somente nós tivéssemos o controle de nosso futuro. Por isso, diz Tiago “Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo”. A melhor coisa que temos a fazer é colocar os nossos planos nas mãos do Senhor e depender dele para estabelecê-los conforme a sua vontade, como nos diz o verso 3: “Confia ao Senhor as tuas obras, e teus desígnios serão estabelecidos”.
Por isso o crente não deve se inquietar ou se preocupar com o amanhã, pois não depende dele. O homem mundano que se sente tão seguro de si, é constantemente incomodado com o medo. Mas as pessoas piedosas, que conhecem a soberania de Deus e suas limitações, vivem em oração e descansam no Senhor. Assim, devemos confiar no Senhor pois ele sabe o que é melhor para cada um de nós. Isto nos leva ao próximo ponto.
O Senhor abençoa os que nele confiam.
O Senhor é quem confirma os atos dos justos (v1). É ele quem pesa a pureza e a intenção do coração (v2). E aqueles que confiam nele serão estabelecidos (v3). O Senhor faz que todas as palavras e atos tenham uma resposta apropriada. Vejamos os versículos de 4-8 do nosso texto (ler): O verso 4 remete à soberania do Senhor sobre os projetos humanos dos versos 1-3, neste versos podemos ver como o Senhor abençoa a obra daqueles que confiam nele e do verso 4 em diante podemos ver como o Senhor trata aqueles que não confiam nele. O texto refere-se a estes que não confiam em Deus como mal ou perverso, e nestes versos podemos ver como o Senhor tratará com estes. Pensando sobre isso, podemos lembrar que todos nós somos por natureza maus, egoístas e arrogantes. Cometemos os mesmos pecados dos demais homens, e o que nos torna diferentes então? É tão somente a graça e a misericórdia do Senhor. O nosso texto refere-se a estes como abomináveis, ou seja, pessoas que cometem abominações, e diz que tais pessoas serão destruídas. E como pode então estes encontrarem remissão para os seus pecados? O texto apresenta uma solução no verso 6: “Pela misericórdia e verdade a iniquidade é perdoada, e pelo temor do Senhor os homens se desviam do pecado”. Como podemos entender este texto, se sabemos que não é por obras que o homem se salva? Este versículo apresenta um remédio para o pecado passado (v.5) e uma prevenção contra o pecado futuro. Por meio do amor e da fidelidade, que em Provérbio aponta para as virtudes humanas que complementam o sistema sacrificial. Lembrem que na época do Antigo Testamento, o processo de perdão para o pecador se dava por meio de sacrifício de animais e obediência a lei de Deus. Isto já apontava para o nosso Senhor Jesus Cristo que viria para por fim aos sacrifícios, apresentando ele mesmo como o verdadeiro e único sacrifício pelo qual o pecado é expiado uma vez para sempre. Então quando o texto fala em misericórdia e verdade, se refere ao amor à aliança de Deus com seu povo e fidelidade aos mandamentos da lei.
E chama a atenção o que nos diz o verso 7: “Sendo os caminhos do homem agradáveis ao Senhor, até a seus inimigos faz que tenham paz com ele”. Enquanto o homem anda em pecados e delitos, ele não tem paz nem com Deus nem com os seus semelhantes, mas quando este homem é reconciliado com Deus por meio da obra de Cristo, ele então tem paz com Deus e também com o próximo. A afirmação de que o Senhor se compraz nos caminhos de uma pessoa, requer que Deus aceita a pessoa em sua presença beneficamente, ou seja é o Senhor quem leva o pecador a render-se aos seus pés. Ele é quem torna o caminho deste homem agradável. Isso nos lembra o texto de 2 Cor 5.18: “Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação”.
Ele mesmo tomou a iniciativa de reconciliar pecadores consigo mesmo, de usar de misericórdia com quem só merecia condenação, ele encheu de bênçãos quem estava debaixo de maldição. Pecadores egoístas que está sempre querendo mais e mais pecados e benefícios próprios como nos diz o verso 8: “Melhor é o pouco com justiça, do que a abundância de bens com injustiça”. Podemos ver aqui que O Senhor até concede bens e abundancia ao ímpio, mais isso só dura pouco, pois logo vem o juízo e o fim dele vai ser terrível. É melhor um crente viver com pouco e com esperança de vida eterna. Por isso o cristão deve entregar seus planos, projetos e sonhos ao Senhor, pois ele abençoa aqueles que confiam nele. E a maior benção é ter o Senhor em sua vida, como diz o Salmo 73.25: Quem tenho eu no céu senão a ti? e na terra não há quem eu deseje além de ti.
Portanto meus irmãos, confiemos ao Senhor toda a nossa vida, projetos e planos, o ano que se inicia pois, se confiarmos no Senhor seremos abençoados, como diz no nosso texto, Pv 16.3: “Confia ao SENHOR as tuas obras e serão confirmadas os teus planos”
Deus prometeu estabelecer os nossos planos, quando fazemos a sua vontade. Acredite, esta é a promessa dEle! Ele prometeu manter-nos à medida que confiamos nele e seguirmos seu caminho. Confie a ele seus planos, pois ele é soberano e faz tudo conforme os seus bons propósitos. Amém.
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