NÓS ACEITAMOS O AMOR QUE ACHAMOS QUE MERECEMOS
Foi como um click.
Infelizmente não tive esse “click” na primeira vez que ouvi essa frase. Precisei ouvir e ler isso uma centena de vezes, até finalmente entender.
Infelizmente não tive esse “click” na primeira vez que ouvi essa frase. Precisei ouvir e ler isso uma centena de vezes, até finalmente entender.
Ela foi escrita por Stephen Chbosky, autor de “The Perks of Being a
Wallflower” ou (As Vantagens de Ser Invisível, em nossa singela versão
em português). Talvez você seja como eu, já ouviu essa frase mais de uma
vez por aí e nunca parou para pensar no significado profundo que ela
carrega.
À começar pelo assunto que mais evito falar na vida: a vida sentimental.
Eu sei, eu sei. No fundo, todo mundo ama e odeia falar sobre esse tipo
de amor. Que se manifeste quem nunca teve o coração partido em mil
pedacinhos. Quem nunca ouviu da sua melhor amiga: “Relaxa, ele não te
merece.” Ou do seu amigo “Putz cara, tem outras meninas por aí…” Bem, se
você não, eu já.
Quando alguém vira para você e diz que ele/ela não te merece, o que você
faz? “É, você tem razão.”, você se esforça para concordar. Mas será que
é isso mesmo que seu coração está pensando?
Com certeza não.
Quando você se abre para a possibilidade de um relacionamento de amor, –
e vamos mudar o foco, não precisamos falar sobre sentimentos de paixão.
– Talvez um relacionamento de uma nova amizade, ou até uma velha
amizade, com seus irmãos, com seus pais ou qualquer pessoa próxima à
você que você abre seu coração para amar e, como bons humanos que somos,
receber amor em troca.
O que acontece quando o amor não é correspondido? Aquele amor no qual
você entregou um pedaço de si, por achar que merecia mais amor em troca?
É como se nossa mente desse um nó.
Voltemos para a frase inicial deste texto: Nós aceitamos o amor que achamos que merecemos.
Volte, leia de novo. Consegue captar a verdade e a profundidade disso?
Bem, você se abriu para um amor que você achou que merecia, ou seja,
aquela pessoa sim, poderia suprir o que você considera o “ideal” pra
você. Como se todo valor que você pensa ter, pudesse ser “pago” por esse
outro alguém. Você aceitou o que você pensa merecer.
Se um garoto não corresponde ao seu sentimento: “Acho que não sou boa o
suficiente para ele.” Se você se declara para uma garota e ela só te vê
como amigo: “Ela prefere caras melhores do que eu, ela nunca me amaria.”
Se sua melhor amiga, de alguma forma, te substitui: “Eu nasci pra ser
solitária mesmo, vai ser sempre assim.”
Para algumas pessoas, é muito difícil se abrir para qualquer tipo de
relacionamento de afeto mais íntimo e quando isso acontece, é como uma
vitória dentro de si. Em contrapartida, quando o afeto não é
correspondido, quando o pedaço do coração que foi entregue, não é
preenchido com o coração do outro que o recebeu, o que há dentro e si é
uma grande derrota e sentimento de humilhação.
Isso também explica porque tantas pessoas se encontram em
relacionamentos abusivos, más companhias, amizades erradas, lares
destruídos, ambientes tóxicos e não movem um dedo para sair disso ou
mudar a situação: Nós aceitamos o amor que achamos que merecemos.
Nosso valor, a forma como nos enxergamos, parece diminuir cada vez que
as rachaduras vão aparecendo em nossa alma. Cada vez mais, entregamos
nossos tesouros à pessoas que não cuidarão deles com o devido apreço e
sabendo o quão preciosos eles realmente são. Por quê? Ora, porque é isso
que achamos que merecemos.
“Será que finalmente encontrei um lar?” Palpita seu velho coração.
Aquilo que você vê em si mesmo, determina o quanto e/ou para quem ou o quê você se entrega. Aquilo que você, inconscientemente acha que merece, determina o que você aceita e o que você entrega.
Aquilo que você vê em si mesmo, determina o quanto e/ou para quem ou o quê você se entrega. Aquilo que você, inconscientemente acha que merece, determina o que você aceita e o que você entrega.
Vou dizer o que você não merece:
Você não merece achar que não é boa o suficiente para alguém;
Você não merece se sentir diminuído;
Você não merece enterrar os seus talentos por uma crítica;
Você não merece os cortes no seu braço;
Você não merece ser assediada nem ser tratada com machismo;
Você não merece entregar seu corpo porque ele disse que você “já não vale nada mesmo”;
Você não merece se sentir humilhado por alguém que depositou toda arrogância em você;
Você não merece o bullying;
Você não merece um relacionamento abusivo.
Você não merece achar que não é boa o suficiente para alguém;
Você não merece se sentir diminuído;
Você não merece enterrar os seus talentos por uma crítica;
Você não merece os cortes no seu braço;
Você não merece ser assediada nem ser tratada com machismo;
Você não merece entregar seu corpo porque ele disse que você “já não vale nada mesmo”;
Você não merece se sentir humilhado por alguém que depositou toda arrogância em você;
Você não merece o bullying;
Você não merece um relacionamento abusivo.
Um exemplo inverso: Na série 13 Reasons Why, Hannah Baker não aceita o
amor de Clay por não se achar merecedora dele. A personagem foi tão
ferida por outros rapazes que a desvalorizaram, que ela mesma não
acreditava mais em seu valor. Sabemos muito bem como essa história
acabou.
Hoje, com muito carinho a respeito de si mesma(o) observe o tipo de amor
que você tem aceitado para seu coração. Observe se isso é realmente
amor ou uma armadilha da sua própria mente e do seu coração que, por
algum motivo, te condenam. Observe se você não está em um relacionamento
(amizade, namoro, profissional…) que tira sua identidade. Tente se
livrar das bagagens que diminuem seu real valor. E se, ainda assim, seu
coração te condenar, lembre-se que Deus é maior que seu coração. (1 João
3:20)
xx Luma.
Comentários
Postar um comentário